terça-feira, 3 de abril de 2007

O abacate do amor

O amor...
Hoje acordei pensando.. o que leva alguém a amar? Pensei então em tudo o que já tinha lido sobre tal sentimento... Acabei por me perder em Schopenhauer , com todo aquele pessimismo, dizendo que o amor era apenas uma ilusão, e que era resultado do egoísmo humano, que queria o outro só para si. Refleti, então, de como racional e madura era essa afirmação, e for alguns momentos admirei o gênio pessimista. Depois, esqueci minha alma de pensador e por alguns momentos, fui humano, talvez em demasia, mas humano. Pensei em quanto sofreu tal admirado mestre... E resolvi ser eu, e entender meu amor da melhor forma possível: Sentindo-o. Logo, me senti uma besta, ou melhor, um bobo. O bobo de Lispector. O bobo mais feliz do mundo. Eu havia comido, novamente, o abacate azul.

" [...] É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo . "
Clarice Lispector

(Ao meu bobinho, com carinho)

sábado, 10 de março de 2007

Prove desse abacate você também.

Em um mundo onde 26 mil pessoas morrem de fome por dia, 87 milhoes estão em estado de extrema pobreza, 240 milhoes de criancas de 5 a 17 anos são consideradas trabalhadoras infantis, onde a AIDS mata por falta de informaço e recursos milhoes de pessoas, onde fechamos os olhos para o super-aquecimento global e reclamamos dos governantes; esquecemos de viver de verdade, esquecemos de como é bom pensar, e estamos no ponto em que o Alemao do BBB7 é mais conhecido do que Nietzsche. Entao, a melhor forma de ser feliz é colocar a lente do daltonismo e comer aquele delicioso abacate azul... (Feliz? Ou não...)
Mas, o que pouco sabe quem o come,é que o abacate azul é mágico, ele faz o mundo todo ficar azul abacate, e assim sendo, vemos mais a verdade, deixamos de ver as cores que alguns querem que vejamos e passamos a discutir opinioes, até chegarmos na verdade sem medo, na verdade pura, sim, mas não a absoluta.
Seja você quem for: Nietzscheano, Schopenhauriano, Freudiano, Machiavelliano, Spinozano ou um simples mortal...
Prove desse abacate azul, está um delicia.
O abacate nunca esteve tao azul...
E o mundo nunca esteve tao azul abacate.