terça-feira, 3 de abril de 2007

O abacate do amor

O amor...
Hoje acordei pensando.. o que leva alguém a amar? Pensei então em tudo o que já tinha lido sobre tal sentimento... Acabei por me perder em Schopenhauer , com todo aquele pessimismo, dizendo que o amor era apenas uma ilusão, e que era resultado do egoísmo humano, que queria o outro só para si. Refleti, então, de como racional e madura era essa afirmação, e for alguns momentos admirei o gênio pessimista. Depois, esqueci minha alma de pensador e por alguns momentos, fui humano, talvez em demasia, mas humano. Pensei em quanto sofreu tal admirado mestre... E resolvi ser eu, e entender meu amor da melhor forma possível: Sentindo-o. Logo, me senti uma besta, ou melhor, um bobo. O bobo de Lispector. O bobo mais feliz do mundo. Eu havia comido, novamente, o abacate azul.

" [...] É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo . "
Clarice Lispector

(Ao meu bobinho, com carinho)